Metas da ONU - Uma questão de ciência e consciência

Data: 12/12/2013

Autor: Comunicação Sari Advogados

Texto publicado no Diário da Manhã, escrito pela Advogada Renata Sari a respeito das Metas do Milênio da ONU. Leia o texto abaixo na íntegra.

Declara a ONU que faltam quase 1.800 dias para que haja um significativo aumento das catástrofes naturais, tornando a terra inabitável até o ano de 2015, falta tão pouco. E você leitor, como não sabia disso ?

Em setembro de 2000, foi criada a Declaração do Milênio, tendo todos os países, membros das Nações Unidas, e isso inclui o Brasil, feito um pacto contendo 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio-ODM e, cada habitante deveria seguir, ao menos, uma das 8 Metas utilizando-se dos símbolos oficiais em local visível, servindo de exemplo e incentivo ao próximo. Neste documento, a ONU evidencia que a ausência do engajamento, por qualquer cidadão, sociedade e governos, ocasionará perigo extremo ao planeta. O que é mesmo inquestionável, já que as últimas catástrofes demonstram que os anos de estudos dos 191 países até a confecção da Declaração do Milênio, não é de se jogar fora. Foram feitas inúmeras pesquisas, e não tem nada de esoterismo, premonição ou fantasia. É ciência. 

Há quase uma década, auxiliei na formulação de um plano diretor a ser implantado em uma empresa e, dentre diversos segmentos que se coadunavam com a função principal, a Responsabilidade Social me chamou a atenção. Corporativamente parecia dispensável, mas era o mais planejado, absorvendo toda a equipe independente da função, cargo ou salário. Como se fosse o sangue, a atividade passava por todos os órgãos, de forma envolvente. O projeto, era a adoção da Meta de numero 7, referencia à qualidade de vida e respeito ao meio ambiente. Uma das condutas adotadas, devido a  grande quantidade de papel utilizado, era o manuseio correto do papel descartado para ser possível a reciclagem.

Passada a dificuldade inicial em não amassar ou misturar restos de chiclete, a equipe sequer percebe que a Meta se tornou conduta, hábito e compromisso, o mesmo de se escovar os dentes. Uma educação social que não lhes roubam tempo ou dinheiro. 

A empresa deu inicio às atividades anos após os ODM, e, ao solicitar a uma gráfica um banner contendo os símbolos oficiais, nos foi entregue com figuras diversas, com a explicação de ter sido criado símbolos, “menos infantis” para “fidelizar o cliente”, e sem qualquer custo de criação! 

Os símbolos oficiais da ONU são símbolo oficiais do mundo, no pacto que envolveu 191 paises, ou seja, meu símbolo, seu símbolo, nossa Meta para a sobrevivência, fora trocada porque acharam o desenho infantil... 

Por acaso isso ocorreu em Goiania. Os símbolos novos ficaram bonitos, mas inutilizados, e, então foi observado que em Goiás, embora existam projetos sociais fantásticos, se desconhecia uma empresa ou cidadão engajado com as ODM. Não havia divulgação. Muitos ainda compram produtos nos mercados sem optar pelos que contém os símbolos oficiais na embalagem. Sequer reparam. E o governo? Desconheço leitor, embora eu torça para estar enganada, de qualquer campanha promovendo a adoção das Metas. Escola? Nada. Ensinam a preservação, louvável, mas desconhecem exigências das ações concretas. Curiosamente, há empresas nacionais, engajadas nas Metas, em diversas capitais, e nada fazem nas filiais de Goiás. As pessoas não estão dando o devido valor, ninguém pesquisa a respeito ou faz um planejamento corporativo. Governo e sociedade, ninguém se interessa. Em 2010, alguns setores públicos do Estado adotaram as ODM. Ninguém viu, ninguém contou. Na última chuva forte na capital, ruas foram alagadas, motos arrastadas, lixo em nado livre e notícia de vítimas fatais. E não devemos nos esquecer das queimadas e todas as suas consequencias desastrosas.

Confesso leitor, não compro presente “sugerido” sequer para amigo oculto. Considero encomenda, como ligar prá farmácia e entregarem um ponstan. Acredito na necessidade de vermos o outro como alguém especial, onde devemos doar nosso tempo em algo de bom para alguém. Isso me faz lembrar de quem compra uma caminhonete pelo prazer urbano de ter uma. Sempre imagino ser uma pessoa legal, porque sabe que ajudará os amigos, os amigos dos amigos, e por aí vai. Basta terem que transportar uma geladeira. E tem mais é que ajudar mesmo. Muito antes de aprender a somar, minha mãe ensinava que “quem não vive prá servir, não serve prá viver”. Percebo que aprendi a somar muito mais para muitos, do que àqueles que aprenderam a somar somente quando se depararam com a matemática. 

Façamos um bem e, acredite, ele retorna com mais potência prá você. Pode não se aplicar à caçamba da caminhonete, mas certamente se aplicará ao proprietário benfeitor e, posso apostar que este sujeito estará cercado de pessoas que farão o bem a ele em diversas ocasiões. 

Só faltam uns 1.800 dias para sermos despejados do planeta por desrespeito às leis da natureza. Mas há tempo de estamos, junto à ONU, nos doando um pouco aos que querem, como eu, continuar por aqui. Pesquise o assunto Leitor, acesse o site www.nospodemos.org.br. Nós podemos ! Sirva de exemplo. Passe a notícia adiante !

É como a composição de Sérgio Mendes, só depende de nós acreditar, ter esperanças e fazer um mundo melhor. E nada disso é modismo! É ciência e consciência ! 

(Renata Sari)


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